sábado, 31 de outubro de 2009

Vereador Dorlin participa de reunião com o Prefeito Beto Martins e Presidente da CASAN


Cobrança de esgoto para por 90 dias

Comemoração é a palavra certa para descrever o resultado do encontro que reuniu a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), prefeitura de Imbituba e associação de moradores do bairro Paes Leme na última terça-feira (27), no escritório da Casan em Florianópolis. Entre muita discussão e protesto por parte dos representantes da empresa, imbitubenses voltaram para casa com os objetivos, em parte, resolvidos. A empresa concedeu o período de três meses sem a cobrança do serviço de esgoto e a lagoa da Bomba finalmente será revitalizada.
Os exatos 100% do que é pago acima do valor cobrado na tarifa de água, tão questionado e debatido por moradores, denominado como "abusivo", será cessado por 90 dias. Nesse período será construída uma câmara técnica com um representante de cada frente envolvida, poder legislativo, executivo, Casan e comunidade, como determinado no convênio nº 158 / 2006. "As faturas com vencimento para dezembro, janeiro e fevereiro de 2010 estarão liberadas da taxa", complementa o presidente da Casan, Walmor Paulo De Luca.

Convênio

"Das 627 ligações realizadas pela Casan no bairro Paes Leme, só 150 estão ligadas", informa o gerente Regional da Casan de Imbituba, Nazareno Adelino de Souza.
Uma das reclamações dos moradores é a exigência do pagamento do tratamento sem a utilização do serviço. "Tem gente que por falta de condições não teve como fazer a ligação e mesmo assim têm que pagar, outros não participam porque muitas casas são construídas a baixo do nível da rua", exalta o aposentado Vamilso de Souza.
Mas Walmor contesta: "De nada adianta poucos ligarem o sistema, pois os problemas continuaram os mesmos e o pior, o morador acaba prejudicando o cidadão que paga. Nosso objetivo não é obrigar pessoas a pagar por algo que não executamos, cobramos pelo tratamento do esgoto". Segundo ele, a política da empresa diz que mesmo quem não faz a ligação do esgoto tem que pagar.
A taxa

A política adotada pela Casan cobra R$24,00 de taxa mínima para o serviço prestado para o tratamento do esgoto que equivale a dez metros cúbicos de água. "O serviço de esgoto é algo caro. Em qualquer lugar do mundo é assim, no Brasil a taxa varia de 70% a cima do valor da conta de água no Rio Grande do Sul, para 100%, como é cobrado em São Paulo e Brasília", justifica o presidente da empresa.

Esgoto para todos

Na última terça-feira (27) foi assinada a licitação para a construção da estação da Casan na Vila Alvorada, Divinéia, Aguada e Praia do Porto. De acordo com Walmor, será investido R$2.355 milhões, que irão atender sete mil pessoas. A partir daí, 25% da população de Imbituba terá esgoto tratado.
Os vereadores de Imbituba presentes na reunião, Elizio Sgrott (PP) e Dorlin Nunes Júnior (PSDB) expuseram a questão do cronograma da Casan não está sendo cumprido e um possível futuro incômodo. "Com todos esses problemas, receio que a próxima comunidade a ser atendida se rebele contra o tratamento", observa Dorlin.
A lagoa da Bomba
O vice-presidente da Associação de Moradores do bairro Paes Leme, Evaldo Espezim entregou em mãos um documento a Casan sugerindo um comprometendo com a limpeza da lagoa da Bomba, em troca de um valor mensal.
A proposta não foi muito bem aceita pela Casan, até que o prefeito de Imbituba José Roberto Martins (PSDB) sugeriu: "Apostamos na empresa e a cidade não abre mão do sistema de esgoto. Ele é um avanço saudável e econômico para toda a população. O que a Casan investir para a limpeza da lagoa, será diminuído na porcentagem de esgoto na cidade."
E acrescenta: "temos uma gestão compartilhada, quero que no o Paes Leme defenda a Casan para que toda a população entenda os benefícios de uma cidade com água tratada", reforça o prefeito.
A sugestão foi aceita pela empresa. "Me sensibilizei com a questão da lagoa e aceitamos o trato", finalizou o presidente da Casan.
Espera-se que durante esse tempo de recesso da cobrança da taxa, a população e a Casan consigam ligar as 477 casas que continuam sem o tratamento de esgoto. A saúde pública é um direito de todos, e o esgotamento sanitário diminui o risco de vida e a exposição a contaminações. Para uma qualidade de vida é imprescindível que não a água potável, como também a do esgoto seja tratada, para que lagos, rios e mares permaneçam saudáveis.

Jornal Popular Catarinense

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